O número de cães diagnosticados com leishmaniose saltou neste ano em Florianópolis . Foram 125 cães diagnosticados com leishmaniose visceral canina (LVC) e 69 eutanasiados, segundo informações da secretaria de Saúde da Capital. Os números desse balanço superam os registrados em todo ano passado, quando foram 74 casos positivos e 35 eutanasiados.
Desde o início do ano, foram testados 1798 animais, tanto pelo Centro de Controle de Zoonoses e pela Diretoria de Bem-Estar Animal. Ainda conforme a secretaria, a doença está espalhada por 23 bairros da Capital. O bairro com maior número de casos da doença é o Saco dos Limões – onde foi registrado o primeiro caso em humanos – com 44 animais contaminados, seguido por Costeira do Pirajubaé (17) e Itacorubi (16).
Em 2017 também foram registrados os três primeiros casos autóctones em humanos na Capital. O primeiro em agosto em um morador do Saco dos Limões. Já o segundo foi em um morador no Pantanal. O terceiro caso foi de uma adolescente de 14 anos do bairro Rio Tavares, no Sul da Ilha em dezembro.
Em relação a esses cães com o parasita, o Centro de Controle de Zoonoses orienta e fornece duas opções: tratamento do animal com assistência veterinária constante e uso permanente de coleira repelente, mediante assinatura de termo de responsabilidade do tutor, ou a entrega do cão para que seja feita a eutanásia, conforme recomenda o Ministério da Saúde.
Os casos positivos passam por dois testes, um de triagem que é realizado no Centro de Controle de Zoonoses, e um confirmatório que é realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de SC, segundo a secretaria de Saúde. .
A Secretaria de Saúde de Florianópolis orienta os moradores das regiões com casos em humanos a fazer a limpeza dos terrenos e casas, realizar a poda periódica das árvores, além de evitar a criação de porcos e galinhas muito próximas às residências. Outra recomendação importante é o uso de roupas adequadas, como boné, camisa de manga comprida, calças e sapatos fechados, quando permanecer em área de mata ou no entorno especialmente a partir das 17h, horário de maior atividade do mosquito-palha. Indica-se, também, a utilização de coleiras repelentes em todos os cães.