Bairros com as maiores incidências da doença na cidade são os residenciais Monte Carlo, São Paulo e Anita Tiezzi.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) confirmou, nesta quinta-feira (21), 54 novos casos de Leishmaniose Visceral Canina (LVC) em Presidente Prudente. Quatro foram notificados por clínicas veterinárias e os outros 50 pelo próprio órgão público municipal. Com o resultado, a cidade registra agora 70 catalogações da doença em cães neste ano.

O CCZ divulgou ainda que já foram realizados 3.333 exames em cães.

Segundo o órgão, não há registro até o momento, em 2019, de Leishmaniose Visceral Americana (LVA) em humano.

Em relação aos casos caninos, o bairro mais acometido é o Residencial Monte Carlo, com 11 catalogações positivas, seguido pelo Residencial São Paulo, com nove, e o Residencial Anita Tiezzi, com seis. Os demais seguem espalhados por diferentes bairros da cidade.

Segundo o médico veterinário João Henrique Artero de Carvalho Leite, responsável pelo CCZ, todos os proprietários de cães com leishmaniose foram comunicados do diagnóstico e receberam orientações sobre a doença, forma de transmissão e medidas de prevenção.

“A leishmaniose é uma doença grave, transmitida pela picada do mosquito-palha, e pode levar à morte de pessoas e animais. No cão, a doença causa emagrecimento, fraqueza, queda de pelo, crescimento exagerado das unhas, feridas no focinho, nas orelhas e ao redor dos olhos, além de problemas de pele diversos”, explicou.

Ele orientou ainda que muitos animais sadios podem estar infectados, sendo os portadores assintomáticos.

“Os cães, nesta fase, mesmo sem qualquer alteração clínica, ao serem picados pelo mosquito-palha, mantêm a doença circulando em nossa cidade. Assim, é altamente recomendado que cães sadios realizem o exame, no mínimo, a cada seis meses. O CCZ realiza o exame de forma gratuita”, pontuou.

Quanto à prevenção da doença, “as larvas do mosquito se criam em locais sombrios, com vegetação e acúmulo de matéria orgânica em decomposição, como nas situações de acúmulo de folhas e frutos caídos, além de fezes de animais”.

Dessa forma, o CCZ indicou que os proprietários realizem a limpeza rotineira do quintal e a poda regular das arvores.

“Uma medida adicional é utilizar no cão a coleira repelente [à base de Deltametrina a 4%], pois ela é capaz de afastar os insetos transmissores”, ressaltou Leite.


Dr. Fábio Fidelis
Dr. Fábio Fidelis

Sou amante dos animais desde de criança, minha família tem um grande vinculo com os animais e tenho vários membros da família na profissão de médico veterinário inclusive o meu incrível pai (Dr. Eduardo Costa) o qual tenho extrema admiração! - Conclui o curso de Medicina Veterinária pela UFMG em 2011. - Pós graduação em ultrassonografia em 2012. - Pós graduação em clinica e cirurgia de pequenos animais em 2014. - Pós graduação em anestesiologia em 2014. - Pós graduação em ortopedia em 2014. - Pós graduação em Leishmaniose desde 2015. - Pós graduado em Dermatologia em 2017. - Autor do Livro: O Cão Não É O Vilão - Idealizador do Curso: Os Segredos Da Leishmaniose Canina - Hoje atuo como médico veterinário no Hospital Veterinário Cambuá em Bom Despacho (Minas Gerais) - http://hospitalveterinariocambua.com.br

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