No ano, a cidade atinge o total de 199 catalogações positivas da doença, que é transmitida pela picada do mosquito-palha.


Centro de Controle de Zoonoses de Presidente Prudente — Foto: Heloise Hamada/TV Fronteira

Centro de Controle de Zoonoses de Presidente Prudente — Foto: Heloise Hamada/TV Fronteira

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) confirmou nesta sexta-feira (26) 48 novos casos de Leishmaniose Visceral Canina (LVC) em Presidente Prudente.

Do total, dez foram notificados por clínicas particulares.

Com isso, Presidente Prudente registra 199 catalogações positivas neste ano. Todas podem ser visualizadas no Radar da Leishmaniose.

Todos os proprietários dos cães com leishmaniose foram comunicados do diagnóstico e receberam orientações sobre a doença, a forma de transmissão e as medidas de prevenção.

“A leishmaniose é uma doença grave, transmitida pela picada do mosquito-palha e que pode levar pessoas e animais à morte. No humano, a doença causa febre, emagrecimento, desconforto abdominal, aumento de baço e do fígado, e fraqueza”, explica a gerente do CCZ, Maria Lúcia Matioli.

Ela diz ainda que, embora o cão seja o principal hospedeiro da doença no ambiente urbano, não há transmissão por contato direto com o animal.

“Essa acontece pela picada do mosquito-palha infectado. No cão, a leishmaniose visceral causa emagrecimento, fraqueza, queda de pelo, crescimento exagerado das unhas, feridas no focinho, nas orelhas e ao redor dos olhos, além de problemas de pele diversos”, detalha.

A gerente do CCZ alerta também que muitos animais sadios podem estar infectados. Esses, segundo o órgão, são os portadores assintomáticos.

“Os cães, nesta fase, mesmo sem qualquer alteração clínica, ao serem ferroados pelo mosquito, mantêm a doença circulando na cidade. Assim, é altamente recomendado que cães sadios realizem o exame, no mínimo, a cada seis meses. O CCZ realiza o exame de forma gratuita”, salienta.

Maria Lúcia lembra que as larvas do mosquito se proliferam em locais sombrios, com vegetação e acúmulo de matéria orgânica em decomposição, como folhas e frutos, bem como de fezes de animais.

“Não podemos deixar o vetor da doença nascer. Todos devem fazer a limpeza rotineira de seu quintal e a poda regular das árvores. Recomenda-se ainda usar coleira repelente no cão [à base de Deltametrina a 4%], pois ela é capaz de afastar os insetos transmissores”, conclui.

Serviço

Mais informações sobre as condições de uso das coleiras podem ser obtidas no CCZ, no telefone 3905-4220, ou com o médico veterinário do animal.


Dr. Fábio Fidelis
Dr. Fábio Fidelis

Sou amante dos animais desde de criança, minha família tem um grande vinculo com os animais e tenho vários membros da família na profissão de médico veterinário inclusive o meu incrível pai (Dr. Eduardo Costa) o qual tenho extrema admiração! - Conclui o curso de Medicina Veterinária pela UFMG em 2011. - Pós graduação em ultrassonografia em 2012. - Pós graduação em clinica e cirurgia de pequenos animais em 2014. - Pós graduação em anestesiologia em 2014. - Pós graduação em ortopedia em 2014. - Pós graduação em Leishmaniose desde 2015. - Pós graduado em Dermatologia em 2017. - Autor do Livro: O Cão Não É O Vilão - Idealizador do Curso: Os Segredos Da Leishmaniose Canina - Hoje atuo como médico veterinário no Hospital Veterinário Cambuá em Bom Despacho (Minas Gerais) - http://hospitalveterinariocambua.com.br

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