Após o primeiro caso catarinense de leishmaniose visceral em humanos, registrado em Florianópolis na primeira quinzena de agosto de 2017, a Secretaria Municipal de Saúde realizou testes em cães no bairro Saco dos Limões, onde um homem de 53 anos foi contaminado. Entre os 99 cães examinados até o momento, em 10 foram confirmados leishmaniose visceral canina (LVC). O paciente continua internado no Hospital Universitário, na Capital.

Saiba como proteger seu cão contra a leishmaniose visceral 

Em relação a esses cães com o parasita, o Centro de Controle de Zoonoses orienta e fornece duas opções: tratamento do animal com assistência veterinária constante e uso permanente de coleira repelente, mediante assinatura de termo de responsabilidade do tutor, ou a entrega do cão para que seja feita a eutanásia, conforme recomenda o Ministério da Saúde.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, quando ocorre um caso humano de Leishmaniose Visceral, devem ser testados pelo menos 100 cães do entorno da residência do caso. Como foram identificados casos de cães positivos para a doença, as equipes continuam em campo realizando o inquérito e orientando a comunidade.

Os casos positivos passaram por dois testes, um de triagem que é realizado no Centro de Controle de Zoonoses, e um confirmatório que é realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de SC.

A Secretaria de Saúde de Florianópolis orienta os moradores da região a fazer a limpeza dos terrenos e casas, realizar a poda periódica das árvores, além de evitar a criação de porcos e galinhas muito próximas às residências. Outra recomendação importante é o uso de roupas adequadas, como boné, camisa de manga comprida, calças e sapatos fechados, quando permanecer em área de mata ou no entorno especialmente a partir das 17h, horário de maior atividade do mosquito-palha. Indica-se, também, a utilização de coleiras repelentes em todos os cães. Além disso, será feita a busca ativa de pessoas com sintomas na região onde foi registrado o caso de leishmaniose visceral humana.

Na segunda-feira foi realizada uma reunião com representantes da Prefeitura, Secretaria de Estado da Saúde, OAB, Ministério Público Federal, Universidade Federal de Santa Catarina e ONGs de proteção animal para discutir próximas ações educativas, de prevenção e controle. Também foi criada, após a confirmação do primeiro caso autóctone de leishmaniose visceral humana em Florianópolis, uma Sala de Situação da Leishmaniose.

Sintomas em animais:

– emagrecimento;
– enfraquecimento dos pelos;
– apatia;
– descamação ao redor dos olhos, focinho e ponta das orelhas;
– crescimento exagerado das unhas;
– conjuntivite ou outros distúrbios oculares;
– aumento de volume na região abdominal;
– diarreia, hemorragia intestinal e inanição.

Sintomas em humanos:
– febre intermitente com semanas de duração;
– fraqueza;
– perda de apetite;
– emagrecimento;
– anemia;
– palidez;
– aumento do baço e do fígado;
– comprometimento da medula óssea;
– problemas respiratórios;
– diarreia;
– sangramentos na boca e nos intestinos.

Prevenção

Locais com fezes de animais, cascas ou restos de vegetais e folhas podem ser favoráveis para a ocorrência do inseto transmissor da doença. Isto porque o `mosquito-palha¿, transmissor da leishmaniose, se reproduz em locais sombreados e com acúmulo de matéria orgânica em decomposição.

A melhor forma de prevenção é a limpeza dos terrenos e casas, realizar a poda periódica das árvores, além de evitar a criação de porcos e galinhas em área urbana. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Florianópolis oferece serviço de coleta e realização de exame laboratorial para o diagnóstico da leishmaniose visceral canina.

Outra recomendação importante é o uso de roupas adequadas, como boné, camisa de manga comprida, calças e botas, quando permanecer em área de mata ou no entorno, especialmente a partir das 17h, horário de maior atividade do `mosquito-palha¿. Indica-se, também, a utilização de coleiras repelentes de insetos nos cães.

Fonte: Secretaria de Saúde de Florianópolis

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Dr. Fábio Fidelis
Dr. Fábio Fidelis

Sou amante dos animais desde de criança, minha família tem um grande vinculo com os animais e tenho vários membros da família na profissão de médico veterinário inclusive o meu incrível pai (Dr. Eduardo Costa) o qual tenho extrema admiração! - Conclui o curso de Medicina Veterinária pela UFMG em 2011. - Pós graduação em ultrassonografia em 2012. - Pós graduação em clinica e cirurgia de pequenos animais em 2014. - Pós graduação em anestesiologia em 2014. - Pós graduação em ortopedia em 2014. - Pós graduação em Leishmaniose desde 2015. - Pós graduado em Dermatologia em 2017. - Autor do Livro: O Cão Não É O Vilão - Idealizador do Curso: Os Segredos Da Leishmaniose Canina - Hoje atuo como médico veterinário no Hospital Veterinário Cambuá em Bom Despacho (Minas Gerais) - http://hospitalveterinariocambua.com.br

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