Vítima foi uma mulher de 60 anos que morava no Jardim Jussara. Prefeitura informou que realizará um inquérito canino nas proximidades de onde a idosa residia.

Por Carlos Volpi, TV Fronteira

06/02/2020 17h42  Atualizado há 2 semanas


Mosquito-palha costuma ser o transmissor do protozoário da leishmaniose em áreas urbanas — Foto: James Gathany/CDC
Mosquito-palha costuma ser o transmissor do protozoário da leishmaniose em áreas urbanas — Foto: James Gathany/CDC

Mosquito-palha costuma ser o transmissor do protozoário da leishmaniose em áreas urbanas — Foto: James Gathany/CDC

A Prefeitura de Dracena, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, confirmou nesta quinta-feira (6) a primeira morte por leishmaniose em ser humano no ano de 2020.

Segundo a Prefeitura, trata-se de uma mulher de 60 anos, que morava no Jardim Jussara.

Ela estava internada na Santa Casa de Dracena e o corpo foi sepultado nesta quinta-feira (6), no Cemitério Municipal.

Conforme o Poder Executivo, como medida diante do caso, será feito um inquérito canino em um raio de 100 metros da casa onde a vítima da doença residia.

Ainda de acordo com a Prefeitura, o inquérito canino não tem data definida para ser realizado, pois, o laboratório do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) está em reforma.

Mulher morre vítima de leishmaniose em Dracena

Mulher morre vítima de leishmaniose em Dracena

Sintomas

A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações.

Segundo o Ministério da Saúde, no ambiente urbano, os cães são a principal fonte de infecção para o vetor.

A transmissão acontece quando fêmeas dos mosquitos conhecidos como mosquito-palha picam cães ou outros animais infectados e, depois, picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.

O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos utilizados atualmente no Brasil não eliminam por completo o parasita nas pessoas e nos cães. No entanto, o homem não tem importância como reservatório da doença.

Já nos cães, o tratamento resolve os sintomas clínicos, mas os animais continuam como fonte de infecção. Por isso, a eutanásia é recomendada de forma integrada com os tratamentos recomendados pelo Ministério da Saúde.

Ciclo de transmissão da leishmaniose — Foto: Reprodução/RBS TV
Ciclo de transmissão da leishmaniose — Foto: Reprodução/RBS TV

Ciclo de transmissão da leishmaniose — Foto: Reprodução/RBS TV


Dr. Fábio Fidelis
Dr. Fábio Fidelis

Sou amante dos animais desde de criança, minha família tem um grande vinculo com os animais e tenho vários membros da família na profissão de médico veterinário inclusive o meu incrível pai (Dr. Eduardo Costa) o qual tenho extrema admiração! - Conclui o curso de Medicina Veterinária pela UFMG em 2011. - Pós graduação em ultrassonografia em 2012. - Pós graduação em clinica e cirurgia de pequenos animais em 2014. - Pós graduação em anestesiologia em 2014. - Pós graduação em ortopedia em 2014. - Pós graduação em Leishmaniose desde 2015. - Pós graduado em Dermatologia em 2017. - Autor do Livro: O Cão Não É O Vilão - Idealizador do Curso: Os Segredos Da Leishmaniose Canina - Hoje atuo como médico veterinário no Hospital Veterinário Cambuá em Bom Despacho (Minas Gerais) - http://hospitalveterinariocambua.com.br

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