Devido a alterações no meio ambiente, casos de leishmaniose em animais são cada vez mais comuns em centros urbanos

A doença, antes restrita à zona rural, tem invadido as metrópoles, causando danos potencialmente fatais a cachorros. “Uma das explicações para essa expansão da leishmaniose são alterações ambientais, como desmatamentos, que provocam o deslocamento do inseto transmissor”, avalia a veterinária Anaiá da Paixão Sevá, pesquisadora da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.

“Ao proteger o cão, que é um reservatório do protozoário causador da doença, também protegemos a saúde do dono”, explica.

Ficha técnica

O que é: Doença parasitária crônica, a leishmaniose pode ser cutânea ou visceral, versão em que afeta órgãos como fígado e baço.

O que causa: O protozoário Leishmania infantum chagasi, responsável pelo tipo visceral, invade e ataca o organismo do animal.

Transmissão: Fêmeas dos flebotomíneos, insetos pequenos conhecidos como mosquito-palha ou birigui, são os principais vetores.

Tratamento: Em 2017 foi aprovado no Brasil um medicamento contra leishmaniose canina. O uso é feito em ciclos de 28 dias.

Como prevenir

Sem método 100% eficaz, uma combinação de medidas ajuda na proteção

Vacina: Só pode ser administrada em cão não infectado, o que exige um exame de sangue antes. A dose é repetida anualmente.

Repelente: O uso de coleira com a substância deltametrina tem se mostrado eficiente: inibe a aproximação do inseto e mata aqueles que picam o animal.

Tela: Como a ideia é bloquear o contato com o mosquito transmissor, o uso de telas é mais um recurso recomendado por especialistas.

Limpeza: A fêmea do mosquito deposita os ovos em matéria orgânica e lixo. Por isso, as condições higiênicas no entorno fazem diferença.


Dr. Fábio Fidelis
Dr. Fábio Fidelis

Sou amante dos animais desde de criança, minha família tem um grande vinculo com os animais e tenho vários membros da família na profissão de médico veterinário inclusive o meu incrível pai (Dr. Eduardo Costa) o qual tenho extrema admiração! - Conclui o curso de Medicina Veterinária pela UFMG em 2011. - Pós graduação em ultrassonografia em 2012. - Pós graduação em clinica e cirurgia de pequenos animais em 2014. - Pós graduação em anestesiologia em 2014. - Pós graduação em ortopedia em 2014. - Pós graduação em Leishmaniose desde 2015. - Pós graduado em Dermatologia em 2017. - Autor do Livro: O Cão Não É O Vilão - Idealizador do Curso: Os Segredos Da Leishmaniose Canina - Hoje atuo como médico veterinário no Hospital Veterinário Cambuá em Bom Despacho (Minas Gerais) - http://hospitalveterinariocambua.com.br

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