Depois de Florianópolis registrar o primeiro caso do Estado de leishmaniose visceral em humanos, acendeu-se o alerta para a doença entre autoridades de saúde e população. A longo prazo, a medida mais efetiva para acabar com a doença é combater o mosquito-palha, transmissor da leishmaniose.
Mas também é fundamental adotar medidas de prevenção inclusive para cães, já que são os hospedeiros do parasita. Para cada humano afetado, a estimativa é que haja 200 cães atingidos pela doença, segundo o Ministério da Saúde. Confira algumas dicas para ajudar na prevenção dos animais:
Limpeza
Recomenda-se a limpeza periódica dos quintais, por meio da retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo) e destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das formas imaturas dos flebotomíneos.
Realizar a poda periódica das árvores, além de evitar a criação de porcos e galinhas em área urbana também são medidas importas, além de limpar os abrigos de animais domésticos.
Repelente
É recomendado que os cães utilizem coleiras impregnadas com Deltametrina a 4%. As coleiras devem ser utilizadas em todos os cães, mesmo naqueles que tiverem sido vacinados.É importante ressaltar que o uso das coleiras não pode ser interrompido. Elas devem ser sempre substituídas quando perderem o prazo de validade.
Vacina
Atualmente existe uma vacina antileishmaniose visceral canina em comercialização no Brasil. Os resultados do estudo apresentado pelo laboratório produtor da vacina atendeu às exigências, o que resultou na manutenção de seu registro pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. No entanto, não existem estudos que comprovem a efetividade do uso dessa vacina na redução da incidência da leishmaniose visceral em humanos. Dessa forma, o seu uso está restrito à proteção individual dos cães e não como uma ferramenta de Saúde Pública.
A vacina é indicada somente para animais sem sintomas para a doença e com resultados negativos para leishmanioses visceral.
Sintomas em animais:
– emagrecimento;
– enfraquecimento dos pelos;
– apatia;
– descamação ao redor dos olhos, focinho e ponta das orelhas;
– crescimento exagerado das unhas;
– conjuntivite ou outros distúrbios oculares;
– aumento de volume na região abdominal;
– diarreia, hemorragia intestinal e inanição.
Sintomas em humanos:
– febre intermitente com semanas de duração;
– fraqueza;
– perda de apetite;
– emagrecimento;
– anemia;
– palidez;
– aumento do baço e do fígado;
– comprometimento da medula óssea;
– problemas respiratórios;
– diarreia;
– sangramentos na boca e nos intestinos.
Fonte: Secretaria de Saúde de Florianópolis e Ministério da Saúde